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Na impressão confiamos

Diante da crescente concorrência da comunicação online, a impressão continua sendo um dos meios mais confiáveis aos olhos de leitores, consumidores, anunciantes e profissionais de marketing.

Quando foi a última vez que você leu uma notícia falsa? Se você passa muito tempo online, é provável que a resposta seja “nos últimos dias”. Para alguns pode ser na última hora. O flagelo das “fake news” online tornou-se um grande problema para as indústrias de publicação e marketing nos últimos cinco anos, mas o mais preocupante é o fato de que uma quantidade crescente de pessoas está sendo cooptada por essas notícias enganosas.

Uma pesquisa realizada pelo instituto Newsworks(1) revelou que mais de oito em cada 10 pessoas no Reino Unido se deparam com notícias falsas em seu dia a dia, enquanto mais da metade (52%) admite ter sido enganada por notícias falsas pelo menos uma vez. Destes, quase um quarto diz que às vezes foram enganados e 6% dizem que foram pegos regularmente.

É claro que muitas notícias falsas podem ser imediatamente desconsideradas mas  Papa Francisco choca o mundo, endossa Donald Trump para presidente(2), por exemplo, produziu mais de 960.000 likes no Facebook. O negócio de notícias falsas está se tornando cada vez mais sofisticado e lucrativo, ficando cada vez mais difícil para o usuário separar fato da ficção.

Um ambiente de notícias confiável

Embora o surgimento de notícias falsas gere um profundo sentimento de desconfiança entre o público e uma dor de cabeça financeira para as marcas (uma análise da NewsGuard e da Comscore descobriu que a indústria de desinformação gera cerca de US$ 2,6 bilhões em receita mundial de publicidade) ela, no entanto, evidencia a publicação e o marketing tradicionais como um farol brilhante de integridade. Ao lado da confiança tátil e do senso de permanência, o papel impresso oferece ao leitor e ao cliente leis e regulamentos rigorosos construídos ao longo de séculos de existência que tornam a publicação de informações falsas um negócio arriscado.

“Com o aumento da desinformação da Rússia e as alegações de notícias falsas que impulsionam o comportamento político, o jornalismo confiável importa mais agora do que nunca”, diz Jo Allan, chefe executivo da Newsworks. “À medida que as notícias falsas se tornaram mais difíceis de controlar, temos visto um aumento no número de pessoas que buscam nas plataformas tradicionais as informações em que podem confiar. Mas isso não é suficiente e coletivamente precisamos incentivar a indústria publicitária a investir mais fortemente em meios de informação confiáveis.”

 

A perspectiva local

A perda de confiança na mídia online foi apontada no mais recente “Edelman Trust Barometer”(3) que registrou um declínio significativo na confiança das pessoas nas mídias sociais, de 43% em 2019 para 35% em 2021. No entanto, em muitos países europeus, os jornais são vistos como uma das fontes de informação mais confiáveis. Um estudo da Universidade Johannes Gutenberg, em Mainz, Alemanha, descobriu que 56% da população considera os jornais nacionais confiáveis, número que sobe para 63% para os jornais diários regionais(4).

Seja para jornais, revistas, catálogos ou mala direta, a confiança do público na impressão está agora se traduzindo em ação positiva de marcas e profissionais de marketing. Um artigo recente na prestigiada Harvard Business Review(5) aplaudiu um retorno à publicidade tradicional, prevendo que as empresas de serviços B2C aumentariam seus gastos na publicidade tradicional em 10,2% nos próximos 12 meses, e as empresas de produtos B2C em 4,9%, em grande parte lideradas por varejistas de internet.

 

Por que agora?

Quais são as razões para esse ressurgimento? Você pode pensar na exaustão digital – o peso das informações online esperando para serem lidas – ou na desconfiança que as pessoas têm nas mídias digitais. Mas o fato é que a mídia impressa funciona. Seja dando aos leitores uma compreensão clara e crível de uma notícia ou influenciando os consumidores a comprar um produto, a impressão tem força para engajar as pessoas e levá-las à ação.

“Os especialistas há muito previram o fim da publicidade tradicional”, conclui o artigo do Harvard Business Review. “No entanto, ela está viva, forte e com perspectivas de crescer pela primeira vez em uma década. Quando usados em conjunto, o marketing tradicional e o digital podem alcançar mais públicos, construir e manter a confiança e motivar a compra de consumidores que de outra forma poderiam ignorar as mensagens de marketing.”

 

Traduzido e adaptado de Two Sides UK.

Equipe Two Sides Brasil

 

  1. https://www.newsworks.org.uk/news-and-opinion/study-over-80-of-people-in-the-uk-regularly-come-across-fake-news/
  2. https://www.snopes.com/fact-check/pope-francis-donald-trump-endorsement
  3. https://www.edelman.com/trust/2021-trust-barometer
  4. https://www.printpower.eu/insight/trust-germany/
  5. https://hbr.org/2022/04/why-marketers-are-returning-to-traditional-advertising

 

Outras fontes:

 

 

Two Sides é uma organização global, sem fins lucrativos, criada na Europa em 2008 por membros das indústrias de base florestal, celulose, papel, cartão e comunicação impressa. Two Sides estimula a produção e o uso conscientes do papel, da impressão e das embalagens de papel, bem como esclarece equívocos comuns sobre os impactos ambientais da utilização desses recursos. Papel, cartão e papelão são provenientes de florestas cultivadas e gerenciadas de forma sustentável. Além disso, são recicláveis e biodegradáveis.


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