Como sabemos, houve uma era em que profissionais de marketing e propaganda eram os responsáveis pela geração de conteúdo. Com as mídias sociais, tudo mudou e o poder de criação de conteúdo e atenção se voltou para os usuários. Os serviços de mídia social realmente priorizam o conteúdo produzido pelo usuário. Cada pessoa que interage com uma marca tem sua própria audiência e isto traz um grande desafio para as empresas: qual a melhor forma de interagir e fazer com que essas pessoas representem essa marca e façam bom uso dela?
A forma mais autêntica hoje em dia de se fazer marketing é através do conteúdo produzido pelo usuário. Portanto, como as marcas podem fazer com que essas pessoas queiram produzir conteúdo para elas, de forma natural e realmente envolvida? Não estamos falando de contratos com influenciadores digitais, mas sim de conteúdo genuíno produzido de forma orgânica pelo usuário.
A regra principal é tentar entender a motivação do público, bem como quais são estes públicos, pensando na razão pela qual esse ele estaria interessado nesse conteúdo:
- Funcionários: poder dentro da empresa. TODAS as pessoas de dentro de uma empresa podem ter as mesmas motivações, que é mostrar o trabalho que fazem por lá.
- Parceiros: lojistas, fornecedores, pessoas que trabalham juntas, como parceiros ou revendedores.
- Clientes: conteúdo gerado pelo cliente, como uso de hashtags e também avaliações/reviews. Uma parte inexplorada é criar conteúdo visual que vá além de uma foto. Mas sim uma foto com suas percepções em imagem, de forma que o próprio cliente se torne uma peça publicitária.
- Comunidade: existem muitos eventos que acontecem para promover a marca e ali há muitas pessoas que estão tendo contato com a ela, que não necessariamente sejam funcionários, clientes e parceiros, mas pessoas “alheias”, que podem estar produzindo conteúdo.
Ao transpormos este obstáculo, surge uma nova questão que é como podemos dormir tranquilos quando passamos para o usuário o poder de fazer campanhas para nós? De que forma conseguimos proteger a nossa marca?
Ao mesmo tempo em que há o preço da autenticidade sobre o quanto você está disposto e perder um pouco do controle da sua narrativa para que ela se expanda do ponto de vista de outras pessoas, há também o desafio de manter um certo controle para que a marca permaneça alinhada ao que representamos.
Aí que entra o poder da tecnologia. Nós temos uma tecnologia onde é possível disponibilizar campanhas editáveis por qualquer pessoa sem ferir a marca. Conseguimos “engessar” de forma visual e aprovação de conteúdo, sem deixar com que o usuário crie suas peças.
Daí, então, surge mais um desafio que é fazer com que as pessoas tenham vontade de fazer isso, que elas sintam a importância disto e queiram compartilhar esse conteúdo. Por que elas colocariam a marca pessoal delas em risco para dividir o conteúdo de uma marca?
Se pensarmos com empatia, certamente a autenticidade surge.
*Texto extraído da palestra “O branding na era do conteúdo produzido pelo usuário” realizada por Mariana Aguiar, durante a 15ª Convenção AlphaGraphics Brasil. Veja a palestra completa através do link: https://www.universidadeag.com.br/Convidado, na Universidade da Impressão > Seção “Convenção e Workshop”