Vamos refletir e falar de igualdade. Inclusão é ter a oportunidade de falar e pertencimento em ser ouvido. Pertencimento tem a ver com representatividade, que é a base da auto estima.
Quando me vi diante de uma adversidade. Foi uma jornada de auto-conhecimento, de descobrir uma força que eu nem sabia que eu tinha. Eu me lembro do dia que fui apresentada a minha cadeira de rodas. E decidi que eu ia me dar bem com ela.
Mas a sociedade começou a me ver de uma forma muito enviesada. A me limitar em função da minha deficiência. Eu me desafiei a sair desse estado de conforto e comecei a me aprofundar às questões da invisibilidade das pessoas com deficiência. Comecei a voltar esse meu resgate à sociedade e percebi que deficiente era o meio ao qual estava sendo envolvida.
O preconceito com pessoas de deficiência agora tem nome, que se chama capacitismo. Quando supervaloriza ou subestima uma pessoa em função da sua deficiência. Um exemplo recente no meu Instagram. Nessa pandemia, por eu fazer parte do grupo de risco, fiquei em lockdown e a pessoa que me ajudava aqui em casa parou de vir. Eu tive que assumir algumas funções. As pessoas começaram a ficar com curiosidade, então eu fiz um reels. Uma revista de grande circulação nacional publicou “se até ela consegue faxinar a própria casa, qual sua desculpa agora?"
Capacitismo:
- Me tornar uma super heroína por limpar minha casa;
- Minimizar a minha deficiência;
- Usar a mim e à minha deficiência como inspiração para que as pessoas possam sair do sofá
O que tem que inspirar é o que eu fiz com a minha deficiência, a minha história. Cuidado para o lugar de fala não virar o lugar de falha.
*Texto extraído da palestra “Superação, Resiliência e Reinvenção para vencer” realizada por Andrea Schwarz, durante a 15ª Convenção AlphaGraphics Brasil. Veja a palestra completa através do link: https://www.universidadeag.com.br/Convidado, na Universidade da Impressão > Seção “Convenção e Workshop”