{Estamos vivendo um momento muito importante no que tange à educação de nossos filhos. Ao mesmo tempo, o mercado de trabalho enfrenta uma crise de igual ou maior importância. Colocar jovens no mercado de trabalho está cada vez mais difícil. Será que notamos isto tarde demais?
Há dez anos contrato jovens do ensino médio, na faixa dos 16 anos, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, pelo Projeto Jovem Cidadão, a fim de prepará-los para o mercado de trabalho
, treinando-os a serem futuros profissionais do mercado gráfico. Preciso dizer que, nesses dez anos, passaram mais de cinquenta estagiários pelas nossas mãos com ensinamentos cuidadosos, pois, para todos eles, aquela oportunidade de trabalho seria a primeira. Não faço isso sozinho. A responsável por isso na minha empresa tem 40 anos de experiência em Educação, dando aulas para jovens de todas as idades. Foi ela, Iren Carvalho, quem me apresentou o Projeto.
De todos estes candidatos, hoje temos cinco profissionais que foram efetivados. Os outros noventa por cento não permaneceram na empresa depois de terminado o prazo do estágio, ou porque não se adequaram, ou porque revelaram-se imaturos demais para enfrentar o dia a dia. Os que ficaram, estão trabalhando com salário, assistência médica, benefícios e tudo a que têm direito. Reconheceram a oportunidade e foram em frente. É claro que, atualmente, já sabemos identificar, à primeira entrevista, (alguns são trazidos pelas mãos da própria mãe que quer ver onde o filho "vai se meter") aquele que vai se destacar. Estes possuem um brilho diferente no olhar. É este brilho no olhar que vou procurar nos olhos de meus filhos.
E como saber se isso vai acontecer?
Hoje, procuro entender o que é mais importante na vida e na educação deles.
Minha esposa e eu participamos ativamente da rotina do colégio deles, preocupando-nos com o método, com o conteúdo e com tudo o que é colocado à nossa disposição. Os recursos que tem disponíveis para ensinar também passaram a ser um ponto importante, quando o nosso filho maior começou a aprender a ler e a escrever. E tão importante quanto os recursos é a forma como o colégio o torna sociável e promove esta sociabilidade entre alunos e pais de alunos.
Acreditamos que a escola precisa ser um apoio na educação que os pais dão em casa, e não o contrário. Por isso, ela tem que ter uma pitada a mais daquelas coisas que temos a menos em casa. Limites, por exemplo, é uma das coisas que pedimos ajuda à escola...afinal, quem não leu
Quem ama, educa, de Içami Tiba?
Sou pai de 3 crianças. Meu filho mais velho tem sete anos, o do meio três e a mais nova ainda não completou um ano. O mais velho lê e escreve bem. Fala inglês desde quando aprendeu o português e foi por causa dele, que a nossa procura por um colégio de estrutura maior começou, há mais de um ano.
Estamos procurando um colégio que nos ajude a prepará-los para a vida, e não apenas para o vestibular. Afirmei há pouco que me importo com os recursos que estarão disponíveis e com a forma como meus filhos serão estimulados a se tornarem altamente sociáveis.
Neste século, estamos vivenciando um dos momentos de transição mais importantes da história da educação e dos relacionamentos interpessoais. Vivemos rodeados de tecnologia, que nos projeta, mas também nos desnuda e nos expõe aos olhos de todos. E se nossos filhos não souberem lidar com essa tecnologia toda? Já vi muitas pessoas perderem empregos e relacionamentos porque não souberam usar ou se expressar em meio a tanta tecnologia e exposição que ela traz. Amigos meus foram vítimas de si mesmos porque não tiveram "aula de etiqueta digital". Redes sociais nascem aos montes, atraindo centenas de milhões de pessoas com a promessa de que serão melhores vistos e seguidos consequentemente. O que será que está por trás disso tudo? Será que só querem vender mais
smartphones, tablets e anúncios?
O
Facebook acaba de abrir escritório no Brasil e o processo de seleção do
staff está para começar.
Gamers e cérebros do mundo digital estão preparando seus C.V. para tentarem uma vaga na empresa que vale hoje mais do que a Coca-Cola que, na minha fase de estudante, era a empresa mais valiosa do mundo. Eu nunca fui fã de videogame e até hoje não comprei
Playstation pros meus filhos. Sempre estimulei futebol, taco, bicicleta, praia, pega-pega, polícia e ladrão, mas confesso que está cada vez mais difícil nadar contra esta maré.}
{A única coisa à qual eu não me rendo é ao
Club Penguin, que se tornou uma rede social infantil caça-níquel, onde pais pagam com seus cartões de crédito pros filhos poderem jogar e crescer numa hierarquia dentro da rede. Isso é terceirizar muito a educação do filho, para o meu gosto.
Estamos em busca de um colégio que empregue, com a responsabilidade que o tema exige, a educação digital tanto em voga, reunindo sociabilidade, rapidez de raciocínio, criatividade e bom senso de análise crítica para si e para o próximo. A educação digital é muito mais do que simples aulas com uso de novas ferramentas áudio visuais, e deve ser tratada com muita responsabilidade, pois é uma porta para o desconhecido.}
{Professores não precisam se preocupar em ensinar a usar os
Ipads, Galaxies, tablets e
smartphones, mas precisam saber que, além dos e-books,
e-maths, e-calcs, "e-whatever", existem crianças que, amanhã, serão nossos líderes, médicos, cientistas, prestadores de serviços comuns. E o mais relevante: saber como, além de tocar nas telas dos "
touch screen", tocar os corações daqueles que se relacionarão com eles.
Quem souber me dar esta resposta terá meus 3 filhos matriculados para o resto de suas vidas escolares.
Walter Edward Willets.}